Por definição, o diagnóstico de dor torácica abrange qualquer tipo de sensação dolorosa referida na parte superior do tronco, entre os ombros até as costelas. Atualmente, não há nenhum algoritmo universalmente aceito e aplicável que pode ser utilizado para pacientes com esse sintoma. O julgamento clínico ainda é o fator mais importante para a condução adequada dos pacientes .
No Brasil, estima-se que cerca de 5 a 10% de todos os atendimentos emergenciais são decorrentes de dor torácica sendo que até 15% desses pacientes apresentam o diagnóstico de síndrome coronariana aguda.
A variedade e possível gravidade das condições clínicas que se manifestam com dor torácica faz com que seja primordial um diagnóstico rápido e preciso das suas causas. Atenção especial deve ser dada às causas potencialmente fatais como a síndrome coronariana aguda, embolia pulmonar e dissecção aguda de aorta.
Como a síndrome coronariana aguda reapresenta a maior incidência dentre as causas potencialmente fatais de dor torácica, a abordagem inicial desses pacientes é sempre direcionada no sentido de confirmar ou afastar este diagnóstico. A avaliação com um cardiologista clínico é primordial para a correta investigação diagnóstica desse sintoma muito comum, porém com alto potencial de gravidade.
Dr. Rodrigo Morel Vieira de Melo
