Escleroterapia Líquida em consultório

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Talvez a forma mais popular de retirar os indesejáveis vasinhos das pernas seja a aplicação de uma medicação dentro destes causando a inflamação e consequente desaparecimento. O liquido esclerosante é aplicado através de microagulhas e é rapidamente difundido por todos os vasinhos (telangectasias) da região. Esse método é pouco invasivo, podendo ser feito no consultório médico sem interferir no dia a dia dos pacientes. Não há restrições a realização de atividade física, uso de salto alto ou trabalho após as sessões de escleroterapia. Talvez a minha maior restrição após as sessões é a exposição direta a luz solar, que pode causar hiperpigmentação da pele quando em contato com o hematoma e a melanina da pele.

Vale lembrar que esse método é indicado apenas para vasos de calibre fino (< 1 mm) que são as telangectasias ou aranhas vasculares que geralmente tem cor avermelhada e/ou arroxeada e se ramificar pela epiderme. No caso de veias mais calibrosas (reticulares e varizes) outos métodos são muito mais indicados e seguros com a própria escleroterapia com espuma ecoguiada, Laser Transdérmico, Microcirurgia, Endolaser e Radiofrequência. Todos estes com suas indicações precisas e seus efeitos na funcionalidade e na estética. Todos esses vasos já se encontram dilatados e sem função para o organismo, não havendo qualquer prejuízo com sua retirada. Pelo contrario existe uma melhora no retorno venoso porque o sangue vai se direcionar para os vasos saudáveis na ausências das telangectasias e varizes.

A dor sentida durante a aplicação é pequena. Muitas pessoas nem mesmo sentem algo. A grande maioria dos indivíduos suporta bem o tratamento, além disto, uma técnica de diminuição da temperatura é usada de forma a garantir maior conforto e melhorar o efeito do esclerosante. Essa técnica é chamada de Crioescleroterapia e é realizada com um resfriador de pele como o Siberian. Falarei desta técnica em outro post. Quem conduz a intensidade do tratamento é a expectativa da melhora. Alguns vasos tendem a desaparecer facilmente, já outros podem ser mais persistentes e necessitar de mais algumas sessões. Uma recidiva é possível de ocorrer, sendo que não deve ser descartada. O intervalo entre as sessões deve ser de, no mínimo, 15 dias se for realizado no mesmo local. Cada procedimento dura em média 30 minutos e é preciso reservar um tempo a ele.

Após a sessão é comum sentir um certo desconforto, coceira ou ardência no local. Mas esses sintomas rapidamente melhoram com cremes e gel especifico. Pequenos hematomas podem persistir por 15 dias, mas não é nada alarmante. Depois das aplicações pode haver alergias e hiperpigmentações, porém, são efeitos que dificilmente acontecem. Para evitar transtornos e para um bom resultado, procure sempre indicações e clínicas de confiança. Converse com pessoas que já fazem escleroterapia para compreender como funciona e o que esperar após cada procedimento.

O resultado demora um pouco para aparecer, inclusive, diversas sessões podem ser necessárias para tanto. Normalmente se percebe uma melhora na região após 2 ou 3 semanas de tratamento. É preciso paciência e perseverança. Os principais líquidos utilizados nesse procedimento são a glicose, a glicerina crômica, o polidocanol e o etamolin. Cada um nas devidas concentrações a depender do calibre dos vasos. A escleroterapia quando bem realizada é um método seguro e muito eficaz.

 

Dr. Almiro Vieira de Melo NT

Especialista em Cirurgia Vascular e Endovascular