A insuficiência vascular cerebral é a terceira causa de óbito da população e a segunda causa de óbito entre as doenças cardiovasculares.
As artérias carótidas, juntamente com as artérias vertebrais, localizadas no pescoço, fornecem o fluxo sangüíneo para o cérebro. A obstrução dessas artérias, ou o desgarramento de alguma placa, causará o acidente vascular cerebral (AVC), cujo quadro clínico dependerá da localização da isquemia e do tempo de duração, podendo se manifestar com perturbações visuais, paralisias transitórias e desmaios na evolução crônica ou o derrame (acidente vascular encefálico) na evolução aguda. Quando estes sintomas são descobertos, devem ter suas causas identificadas o mais rápido possível para iniciar o tratamento. Para isto, o médico dispõe de vários métodos, como o Eco Color Doppler, a tomografia, a ressonância magnética, a arteriografia, etc.
O tratamento poderá ser clínico ou cirúrgico, na dependência do grau de oclusão das artérias e intensidade do quadro clínico. Igualmente à arteriosclerose, a melhor conduta é a prevenção, buscando a orientação de um especialista. Exames das artérias carótidas e vertebrais devem ser realizados regularmente a partir dos 55 anos de vida na tentativa de identificar uma placa nestes locais e assim prevenir o AVC. A ausência de fluxo sanguíneo cerebral mesmo que por alguns poucos minutos, pode ter repercussões catastróficas para a saúde.
Neste paciente, foi identificada uma lesão aterosclerótica, com deposição de colesterol, gorduras, cálcio e trombos, na artéria carótida interna direita dificultando demasiadamente o fluxo cerebral para este hemisfério. Desta maneira foi realizada uma cirurgia através da introdução de um cateter pela virilha e colocação de um STENT nesta lesão (cirurgia endovascular). O resultado imediato é nítido com abertura completa do vaso e reestabelecimento do fluxo cerebral prevenindo o AVC (derrame cerebral). O paciente segue assintomático e em acompanhamento.
Dr. Almiro Vieira de Melo Neto
